domingo, 30 de agosto de 2009

Lisa Ono

Descobri Lisa Ono em janeiro do ano passado, em uma lanchonete bem da "mal-ajambrada" de um mercado público - e imundo - de Bangkok. Havíamos andado mais de 4 horas sob o sol escaldante da capital tailandesa e, ávidos por  um almoço honesto e "Salmonella-free", entramos na pequena porta de vidro. A escolha foi criteriosa: um ar condicionado bombaaaando! Lugar perfeito para nosso minuto de paz, sombra e água fresca.
Sozinhos na lanchonete - mal sinal....mas uma vez sentada não me moveria mais, ponto! - e com pouco fôlego para conversas maiores que três míseros travessões ( - Caloooor do cãooo... -Tá mesmo...Vamos passar no hotel ou vamos direto para o  museu?  - Não sei....Calooooor...! ) o som ambiente tomou lugar, ganhou destaque e exposição na cena e virou protagonista. Vindo de um rádio no balcão, ouvimos pela primeira vez a doce voz de Lisa Ono. Suave, fresca, doce - tudo o que precisávamos naquele momento. Improvável e paradoxal até - ao olharmos o caos que prá lá da porta. Nos olhamos e fomos relaxando, batendo o pé, reconhecendo uma nota, um sotaque, uma letra e, principalmente, um ritmo. Aliás, mais que um ritmo.... uma BOSSA. Desculpem os críticos de música, cheios de bons termos e conceitos complexos mas pra mim Lisa Ono é, singela e genialmente, isso - sombra, água fresca e bossa, muita bossa.

Daí em diante, Lisa e seu Romance Latino vol. 3  foram meus companheiros em tardes quentes e solitárias de longas caminhadas por Cingapura, nosso QG por dois meses.  Um conforto, um sinal da nave mãe, um traço familiar, um alívio em meio à multidão de olhos puxados. Desde então, Lisa habita em nossas vidas, toca à exaustão no nosso apartamento aos sábados à noite, no melhor estilo global -carioca-que- mora-no-Japão-desde-pequena-e-canta-MUITO-em-espanhol - e fofo que lhe é peculiar.


Aqui vai uma das nossas preferidas - Cachito:



Para quem ficou curioso e quer saber mais, entre aqui ó:

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A Bossa de Maria Farinha


De volta à América do Norte, a cantora e compositora  paulistana encanta com ritmo e estilo sensuais
Ela tem nome forte, doce e sonoro. Mais do que isso, curiosamente, ela tem nome de praia! E essa coincidência não se restringe apenas à semelhança das palavras. Afinal, assim como a paradisíaca praia pernambucana, a cantora e compositora Maria Farinha tem um balanço suave, uma luz própria e produz uma música deliciosa. Mas tudo começou bem longe da areia e do mar - Maria é paulistana nata, e há 1 ano no Canadá, sente falta mesmo de uma boa pizza aos domingos. Começou logo cedo a se interessar pela música. Segundo ela, não foi nem uma opção consciente, mas simplesmente “aptidão e paixão” – que, com o passar dos anos, foram crescendo até o ponto em que a música tornou-se uma necessidade básica na sua vida.
Com uma dedicação invejável, começou a estudar piano clássico, depois jazz e MPB. Entrou para o renomado Berklee College of Music, em Boston (EUA) depois graduou-se em Música no Rollins College na Flórida e por fim fez seu mestrado em Composição na York University, em Toronto, onde hoje é professora. Com esse extenso currículo acadêmico, Maria afirma categórica que “um bom artista nunca deve parar de estudar e pesquisar.” Afinal, para ela, a boa música é feita de 70% de transpiração e 30% de inspiração. Além de uma boa base teórica e convivência com o meio musical, deve-se também “beber” da música, de todos os gêneros, do clássico ao folclórico.
Depois de tanto estudo, Maria começou uma carreira sólida nos Estados Unidos, onde foi cantora da banda Yes Brazil e posteriormente gravou seus dois primeiros CD’s - Planeta Banana e Endless Samba, no qual apresentou suas próprias composições ao lado de sucessos de Tom Jobim, Edu Lobo e Chico Buarque. O álbum Endless Samba foi considerado uma obra prima do jazz brasileiro por críticos de revistas americanas especializadas. Hoje, com mais de 20 anos de carreira, Maria aterrisa definitivamente em terra canadense, trazendo consigo sua bossa que tanto a define e a diferencia – canta jazz, coloca uma pitada de Música Popular Brasileira, junta os tons da Bossa Nova e está feito o seu estilo.
Atualmente, Maria Farinha é um dos nomes de destaque do cenário musical canadense, onde tem feito show para platéias cada vez maiores. Mas, afinal, do que mais gosta no fato de ter trocado o Brasil pelo Canadá? “Fico encantada com a seriedade com a qual os músicos, entidades e o governo da América do Norte lidam com a arte. Infelizmente, o Brasil ainda está longe desta realidade”.
Ano passado, Maria lançou seu novo álbum Beijo de Amor, que traz músicas de sua autoria como também de seus compositores brasileiros favoritos e, ano que vem, seus fãs e admiradores poderão contar com mais um trabalho seu, um cd de músicas brasileiras. “Ainda estou no começo, ainda tenho muita coisa para encarar. Mas acho que dentro dessa crise da “boa música” que existe hoje, em que tudo é produzido por máquinas, os bons músicos são uma expécie em extinção”.

EM TEMPO: Esse é um artigo que fiz ano passado para uma revista brasileira aqui no Canadá. E, já que estou sem tempo e com inspiração alguma nessa sexta cinzenta, vou ser "picareta" e dar um CTRL C + CTRL V em mim mesma e republicá-lo aqui, no melhor estilo "revisitando textos passados". Afinal, REVISITAR é super COOLLL e está super na moda, certo? Por qe também não posso?? rs

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A chuva da mulher

Adorei a definição da atriz Marisa Orth sobre TPM. Como aqui me proporei a falar de muitos assuntos e inquietações femininas, achei um bom começo. E um verdadeiro serviço de utilidade pública, cá entre nós! Para que nossos companheiros (sejam pais, irmãos, amigos, namorados, maridos e afins ) entendam o furacão de emoções que toma conta do nosso frágil corpitcho dias antes da nossa tempestade cair.
Confiram!